Dia sete de janeiro é o dia do
leitor, mas eu queria fazer algo para destacar a literatura nacional, porque
ela é pouco visada, então resolvi trazer a indicação de um livro brasileiro,
Simplesmente Ana, da Marina Carvalho, que também é autora de Ela é Uma Fera, O
Garoto da Mochila Xadrex e Azul da Cor do Mar – os dois últimos títulos estão
previstos para serem lançados no começo desse ano. Conheçam um pouco da
história:
Sinopse: Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela
informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no
Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como
companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser
tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a
tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo,
afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é
praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se
sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser... A não ser que Alex não
seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam.
Simplesmente Ana é assim: um livro
divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das
provas que temos que passar para chegar à vida adulta.
Resenha: Uma menina que não conheceu o pai e subitamente se vê como
princesa de um país pouco conhecido soa familiar, não? Mas o que difere Ana é o
fato dela não ser uma menina-colegial, ela é uma mulher que valoriza os
esforços que a mãe fez, está estudando direito e até tem um possível potencial
a namorado. E quando este pai aparece (pelo Facebook, acreditem) ela fica
confusa, claro, mas disposta a construir uma relação com ele, não com o trono,
e isso é genuíno, de todo um castelo ela se apaixona pela biblioteca e pela
cozinha.
E, por falando em paixão, Alex, o
enteado de seu pai, Andrej, parece fazer um jogo duplo e me deixou
absolutamente louca... por ele! Sempre seguro de si e extremamente charmoso, me
encantou.
Ao desenvolver da história, há uma
crítica ao modo como os brasileiros são vistos pelos europeus, então é um livro
que passa a sensação de ser bem nosso. E Ana é muito opinativa, de
personalidade forte, no entanto, meiga, bem equilibrada, e tenta disseminar uma imagem melhor, dividir nossa cultura com os novos membros de sua família, seja um feriado ou a culinária típica de sua região.
Simplesmente Ana terá continuação, apesar
de ter um final decisivo, nada de cliffhangers, mas infelizmente ainda não há
nenhuma data prevista. Quero acompanhar Ana até o trono, talvez?
Bem, honrem
o dia do leitor, hein?