Bem, apesar de ser ainda muito pequena quando fora
atacada, Grace nunca temeu a floresta. Pelo contrário, ela ficou tão fascinada
pelo lobo preto de olhos amarelos que a salvou que passou a observá-lo, e
vice-versa, isso ocorre por seis anos e ela já está familiarizada com aquela presença
um tanto distante, mas que sempre comparece no inverno. Até que Jack, um
adolescente exibicionista e irresponsável, é morto pelos lobos, porém,
contrariando todos da cidade que estão organizando caçadas, Grace se recusa
acreditar.
Por outro lado, Sam é baleado em uma destas caçadas,
se transforma em humano, e vai procurar pela ajuda de Grace – que inexplicavelmente
resistiu ao ataque dos lobos sem se transformar. Ela o reconhece imediatamente
por conta de seus olhos e entra de cabeça neste novo mundo, que sempre esteve a
sua espreita, onde ser lobo ou humano depende da temperatura, por conta disto,
este talvez seja o último ano como humano de Sam, que tem se agarrado a cada
pedaço de sua humanidade como nunca. Ele é um personagem bem melancólico e
sofrido, mas extremamente adorável enquanto que Grace é independente demais, seus pais parecem não lhe dar
atenção necessária, e suas amigas, Rachel e Olívia, tentam compreender toda
essa fixação pelos lobos.
“Ele não disse
uma palavra. Talvez não houvesse o que dizer. Em vez disso, passou outra vez os
braços ao redor do meu corpo, só que dessa vez apoiou meu rosto em seu peito e
correu a mão por minha nuca, desajeitado mas reconfortante. Fechei os olhos e
ouvi as batidas de seu coração até que as batidas do meu entrassem em sintonia
com as do dele. Então, ele deitou o rosto no alto da minha cabeça e sussurrou:
- Não temos
tempo para tristeza.”
Pág. 176
O romance de Sam e Grace não é meloso, autora
conseguiu transparecer a medida ideal e a maneira como eles se entendem é admirável,
tudo flui tão facilmente que te cativa de imediato.
Achei absurdamente ridículo o trecho da critica do The Observer que vem na parte superior
da capa: “Se você é fã de Crepúsculo,
vai amar Calafrio”. O livro tem uma
pegada totalmente diferente, não se intimidem com isso, vale muito apena
investir nesta trilogia.
Danielle, falar de Crepúsculo na capa é o que eles adoram usar para chamar a atenção dos leitores. Nem "O Morro dos Ventos Uivantes" escapou dessa mania chata...
ResponderExcluirTenho muita, muita curiosidade de ler "Calafrio", pois são raras as resenhas que não o elogiem e ressaltem essa melancolia presente no romance entre o casal.
Gostei da sua e espero poder ler esse livro em breve =)
Beijo!
O livro é realmente perfeito, já li toda a trilogia. O amor de Grace e Sam é realmente perfeito.
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